segunda-feira, 6 de novembro de 2017

poemas out./nov. 2017

Passa uma flor
No lépido riacho.
Um galho à frente,
Seu breve descanso.
Murmura a flor
Sorri o riacho.
Murmura, desgarra-se
E segue aparvalhada
Sumindo nas dobras das águas.
Porém, nada foi em vão:
Um poema te faço!

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Um dia a tua voz
Chamou-me do outro lado do Vale.
Achando ser somente o meu Eco,
Ignorei-a.
Ah! Coração! Como fui Tolo.

[Un día tu voz
Me llamó del otro lado del Valle.
En el caso de que sólo sea mi Eco,
La ignoré.
¡Ah! ¡Corazón! Como fui Tolo.]


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Agora os dias estão mais suaves.
Pitangas e nêsperas
Fazem a festa dos pássaros
E o sonido dos pássaros me acalmam..
A velha jabuticabeira
Anda nevada de flores
E o rocio, bem mais cintilante.

O capim está a reverenciar
Com mais suavidade.
Azaleias e lírios amarelos
Arrematam com seus bordados
A longa alameda por onde caminho.

Queria sim, a primavera,
Um perene estado de espírito
E não somente uma estação do ano!

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Lembra da primeira vez
Quando nossos lábios se encontraram?
Nossas mãos se perderam
Nas curvas dos nossos corpos.
Tão profundo frenesi...
Que num tremular de lábios
Tua boca disse sim!

[ Recuerda la primera vez
Cuando nuestros labios se encontraron?
Nuestras manos se perdieron
En las curvas de nuestros cuerpos.
Tan profundo frenesí ...
Que en un tren de labios
¡Tu boca dijo sí! ]

Set. 2017

Poemas de nov. 2017

O amor secreto....
Talvez seja o mais puro.
Sobrevive   na calada, no escuro
Somente com o lúmen d’alma.
É ovelha tosquiada,
Sem balido, calma!!!

[El amor secreto ....
Tal vez sea el más puro.
Sobrevive en la calada, en la oscuridad
Sólo con el lumen de alma.
Es una oveja,
¡No hay balido, calma!]

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Os picos mais altos
São realmente majestosos.
Porém, são mais susceptíveis
À neblina ou neve!

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Minha serra branqueja
Dia após dia como uma geada perene!
Não é fria, apenas denuncia
Que meu leste
Fica cada vez mais distante....

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A amizade perdida
É como uma abelha
Levada pelo vento:
Nunca mais flores...

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Se um dia flores embora
O que será do meu jardim?

De José Alberto Lopes®