sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Haibun - I
Vila do sossego
Esta vila é muito pacata, sossegada até demais. Nenhuma novidade por aqui já há muito tempo, porém nesta tarde, algo inusitado ocorre quebrando a rotina.
Um enxame de abelhas se arrancha sobre a copa de uma roseira no quintal de casa, trazendo-nos pânico e ameaça para a criação. Os bombeiros são chamados e logo conseguem localizar a rainha que se encontra naquele bolo de ouriçados insetos. São tantas, que boa parte verga o pequeno arbusto e outra parte lança-se como uma tempestade sobre a vidraça da cozinha formando uma escura e espessa cortina viva.
O quintal é um zumbido só, da mesma forma que na rua em frente da casa, aonde um enxame de pessoas curiosas também zumbe ruidosamente com seu falatório. A rainha é colocada dentro de uma caixa e as abelhas uma a uma dirigem-se para lá, atraídas pelo hormônio da rainha-mãe.
Antes que o sol desaparecesse atrás dos casarios, as abelhas e as pessoas já haviam deixado o local. Agora, um vento bonançoso sopra...
Haicai
silenciosa tarde-
na roseira desfolhada
Esta vila é muito pacata, sossegada até demais. Nenhuma novidade por aqui já há muito tempo, porém nesta tarde, algo inusitado ocorre quebrando a rotina.
Um enxame de abelhas se arrancha sobre a copa de uma roseira no quintal de casa, trazendo-nos pânico e ameaça para a criação. Os bombeiros são chamados e logo conseguem localizar a rainha que se encontra naquele bolo de ouriçados insetos. São tantas, que boa parte verga o pequeno arbusto e outra parte lança-se como uma tempestade sobre a vidraça da cozinha formando uma escura e espessa cortina viva.
O quintal é um zumbido só, da mesma forma que na rua em frente da casa, aonde um enxame de pessoas curiosas também zumbe ruidosamente com seu falatório. A rainha é colocada dentro de uma caixa e as abelhas uma a uma dirigem-se para lá, atraídas pelo hormônio da rainha-mãe.
Antes que o sol desaparecesse atrás dos casarios, as abelhas e as pessoas já haviam deixado o local. Agora, um vento bonançoso sopra...
Haicai
silenciosa tarde-
na roseira desfolhada
pousa um colibri.
José Alberto Lopes® 05/06/2008
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Tanka - l
Sobre o Tanka :
Tanka, é um poema em cinco linhas com 31 sílabas, distribuídas em 5-7-5-7-7.
Se você já faz haikais, para fazer tanka é bem mais fácil, você precisa apenas, acrescentar um dístico de 7 sílabas ao final, como que explicando o que diz o haikai.
Da mesma forma que o famoso terceto japonês, tankas não têm título.
Em japonês tanka é escrito numa única linha vertical.
Paulo Lemininski
O tanka é muito mais antigo que o haikai . Começou no século VII, ou seja, há 14 séculos.
Haikai ou haiku tem três séculos, e são só os três primeiros versos do tanka.
O haikai é um poema mais conciso que libertou-se da segunda parte, as duas últimas linhas. Nem haikai, nem tanka têm rimas porque rimar para os japoneses é um recurso fácil demais.
Tradicionalmente, no primeiro dia do ano, os japoneses, a começar pelo Imperador, escrevem tanka sobre o novo ano.
UM TANKA DE JOSÉ ALBERTO LOPES
vagalumeando
a várzea toda parece
um céu estrelado.
O sapo espreita a comida
e o menino colhe astros.
José Alberto Lopes.
Ago. 2011
Obs;Foto retirada da internet. Se vc. é o autor dela, avise-me que a retirarei
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