quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Só Gatos



(foto JALopes)



Gigi

Certa vez, tava escrevendo,
Subiu na mesa a Gigi.
Apanhou minha caneta
E parecia redigir!


Maçarico

Maçarico é um gato esperto
Que adora conversar.
De tanto falar com ele
Já me pego a ronronar!

Ron-ron

O ron-ron que tem o gato
Vem lá do seu “motorzinho”
Que é ligado ao coração
E que eu chamo de carinho!


 Carinhoso
Quando chega a manhãzinha
Vem miando de mansinho
Pula no colo da gente
Pedindo e dando carinho!


O danado

Quando penso em escrever
Lá vem meu gato malhado.
Revira os papéis sobre a mesa
Fazendo um ninho, o danado!


Na refeição

Só eu sei da miadeira
Quando pego na ração.
São três gatos com seus pratos
Na hora da refeição!



Poemas de José Alberto Lopes®- 28/outubro/2016



  

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A Noite














Foto internete


Gosto da noite!
Dos aromas e sons,
do movimento no cais.
Do mormaço, da brisa,
das mariposas insanas
girando, girando!
A chuva contra a luz
revelando suas pérolas.
As mulheres na noite
são sempre mais belas.
Na viração  noturna então,
As luzes da cidade
parecem um braseiro...
Ah! a noite  com seus sortilégios,
seus mistérios...
Se a noite é uma criança
o dia é um velho cansado, exangue!
A noite é mesmo outro universo
onde o poeta uni versos e poetiza.
A noite livra-me da opressão,
dá vida, e sendo bela a vida
a noite é belíssima.
Na noite não há deuses,
anjos nem demônios a nos importunarem!
Por que eles também
gostam da noite!


Poema de Alberto Lobo de Campos
10 de outubro/2016

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Poema de Alberto Lobo de Campos

Poema II

A rã da bromélia
nasce e vive ali.
Nenhuma lagoa,
que por mais bela e grande seja,
atrai  a rã da bromélia!

Minha aldeia é pequena,
três ou quatro ruas...
Aqui nasci e vivo,
e vivo a escrever coisas sobre ela!

Minha aldeia em sendo pequena é grande!
grande por que me basta
assim como a bromélia
basta à rãzinha!
Minha aldeia, é minha bromélia!


Alberto Lobo de Campos®




domingo, 18 de setembro de 2016

A Flor mais Bonita















(Foto JAL.)


O ouro do sol, tem mais brilho,
Pois enfim setembro desponta.
...azaleias, ipês, manacás...
Onze-horas que se abrem sem conta!

Vem as asas das flores que voam
Sobre as flores dos campos sem fim.
“Borboletas valsando são flores”
Guardiães do eterno jardim.

Todo campo se abre em sorriso,
Pois enfim há setembro no ar.
Até o homem ranzinza sorriu
E o banqueiro parou de contar!

Zumbem insetos pelas floradas.
Cantam pardais, sabiás, bem-te-vis...
Sobre as pedras morenas, o regato,
Tem mais vida com seus frenesis.

Venha ver como é linda alvorada,
Essa tela infinita e gratuita!
Vem também colorir essa vida
Pois somos dela, a flor mais bonita!

Azaleias, ipês, manacás...
Onze-horas que se abrem sem conta!
O ouro do sol tem mais brilho,
Pois enfim, setembro desponta!



José Alberto Lopes- 06/09/2006 – 13/09/2016





segunda-feira, 23 de maio de 2016

O Lencinho (cantiga)





(foto internete)

Queria ser o teu lencinho
Bordado de linho
E contigo estar.
E nele o meu  nome e o teu
Pra identificar.

Cheirando flores de alecrim,
Meu amor!
Em cada pedaço do cetim.

Queria ser o teu lencinho
Ter  o  teu carinho
Ao me desfraldar.
Sentir os teus lábios macios,
O  teu suspirar.

Sentir teu calor junto a mim,
Meu amor!
Em cada pedaço do cetim.

Se um dia, porém a tristeza
Cair de surpresa
No teu lindo olhar.
Terás o lenço benfazejo
Pra te consolar.

Cheirando flores de alecrim,
Meu amor!
Em cada pedaço do cetim.

E como  não há nada assim
Que não tenha fim
É triste pensar.
Que um dia num canto esquecido
Haverei de estar.

Mas tenha  a certeza, o perfume,
Meu amor!
Nem o tempo haverá de apagar.

E  a sim a vida irá passando,
Tudo desbotando,
Como há de ser.
As cartas hão de ser relidas,
Pra rememorar...

Mas saibas   que  o lenço esquecido,
Meu amor!
Batido, te esperando estará!


José Alberto Lopes®
2010/2011

O desdém



(Foto internete)
Uma raposa sensata
jamais diria:
"Estão verdes!"

Haicais



Haikuase um senryu

haibum, haibum
espoca o rojão_
festa de São joão

haikai o saquê
sobre o livro do haijin_
poemas etílicos?


JAL-2016


HAICAI

Na pesca abundante-
somente a lua escapa
pelas malhas da rede.

JAL/2016
José Alberto Lopes

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Chovia!







Naquela manhã
queria  escrever.
Abri a janela,
como sempre fazia!
Chovia, chovia!
Fiquei estático...
por minutos a fio.
Nada escrevi...
A poesia liquefeita
Caia , caia!


Foto Internete

JAL/fev. 2016

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Aldravias de jan. 2016

Fábrica
abandonada.
Solidão,
sua
única
produção

JAL/1


Cachimbo
da
paz.
É
proibido
fumar?

JAL/2


Drops
Dulcora
pedacinhos
coloridos
de
outrora.

JAL/3


Na
rede
elétrica
uma
pipa
tétrica

JAL/4


Natal
meu
quebra-nozes
um
alicate
universal.

JAL/5


   













Poemas de janeiro de 2016

Aurora

A aurora é breve.
Ilusão colorida,
falso tingimento.
Mas o que é  a aurora
se não a vida lá fora
e a vida aqui dentro?


Botão

Botão.
O bom filho
à casa torna!


Cera Parquetina

Cera Parquetina!
Ainda brilham na lembrança
os assoalhos por onde
deslizavam minha infância!


Filosofia?

Diria o ladrão:
(Dê-me um pé-de-cabra
e um ponto de  apoio
que abrirei esse portão!)


JAL/2016