Vila do sossego
Esta vila é muito pacata, sossegada até demais. Nenhuma novidade por aqui já há muito tempo, porém nesta tarde, algo inusitado ocorre quebrando a rotina.
Um enxame de abelhas se arrancha sobre a copa de uma roseira no quintal de casa, trazendo-nos pânico e ameaça para a criação. Os bombeiros são chamados e logo conseguem localizar a rainha que se encontra naquele bolo de ouriçados insetos. São tantas, que boa parte verga o pequeno arbusto e outra parte lança-se como uma tempestade sobre a vidraça da cozinha formando uma escura e espessa cortina viva.
O quintal é um zumbido só, da mesma forma que na rua em frente da casa, aonde um enxame de pessoas curiosas também zumbe ruidosamente com seu falatório. A rainha é colocada dentro de uma caixa e as abelhas uma a uma dirigem-se para lá, atraídas pelo hormônio da rainha-mãe.
Antes que o sol desaparecesse atrás dos casarios, as abelhas e as pessoas já haviam deixado o local. Agora, um vento bonançoso sopra...
Haicai
silenciosa tarde-
na roseira desfolhada
Esta vila é muito pacata, sossegada até demais. Nenhuma novidade por aqui já há muito tempo, porém nesta tarde, algo inusitado ocorre quebrando a rotina.
Um enxame de abelhas se arrancha sobre a copa de uma roseira no quintal de casa, trazendo-nos pânico e ameaça para a criação. Os bombeiros são chamados e logo conseguem localizar a rainha que se encontra naquele bolo de ouriçados insetos. São tantas, que boa parte verga o pequeno arbusto e outra parte lança-se como uma tempestade sobre a vidraça da cozinha formando uma escura e espessa cortina viva.
O quintal é um zumbido só, da mesma forma que na rua em frente da casa, aonde um enxame de pessoas curiosas também zumbe ruidosamente com seu falatório. A rainha é colocada dentro de uma caixa e as abelhas uma a uma dirigem-se para lá, atraídas pelo hormônio da rainha-mãe.
Antes que o sol desaparecesse atrás dos casarios, as abelhas e as pessoas já haviam deixado o local. Agora, um vento bonançoso sopra...
Haicai
silenciosa tarde-
na roseira desfolhada
pousa um colibri.
José Alberto Lopes® 05/06/2008
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