sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cordel para Roberto Landell de Moura








Cordel  para  Roberto Landell de Moura
(o padre inventor)

Nasceu lá em Porto Alegre
Em  vinte e um de janeiro,
Roberto Landell de Moura,
Esse grande brasileiro
De mente prodigiosa
E espírito altaneiro.

Estudou teologia
Tornando-se sacerdote.
Mas, também física e química,
Esse homem de suporte
Emprestou a sua vida
E o seu gênio a esta sorte.

Era pois, seco de corpo
Mas, de alma transbordante.
A igreja ele amava
De forma clara e constante.
Mesmo assim nunca deixou
Seus inventos, um instante!

Muito antes de Marconi
Ter mostrado aquele invento,
Roberto Landell de Moura
Revelava um portento.
O seu rádio transmissor
Levando a voz aos quatro ventos.

Patenteou lá na América
O seu rádio transmissor,
Seu telefone-sem-fio...
Esse padre inventor,
Deixou de queixo caído
Lá fora, muito doutor.

Mas veio a decepção.
Da igreja e do Brasil.
Pra o estrangeiro era um gênio,
Para nós, um homem vil,
Um demônio ou um louco
Que falava por um fio!

Pagou com isolamento
Por ter sido um gênio nato
E sentiu-se um Galileu
Naquele momento exato!
Hoje um herói desconhecido,
Um homem no anonimato.

 “Antes tarde do que nunca”
Para o bem da nossa história,
Seria de bom alvitre
Dar os louros  desta glória
Ao padre Landell de Moura
“Um vencedor sem vitória”!


Nota: O padre Landell, tinha uma mente profícua. Além do telefone-sem-fio; do rádio transmissor e seu transmissor telegráfico; estes, patenteados no Brasil e nos E. U. A. – idealizou  outros aparelhos como: The Telephotorama (a televisão) – O Teletipo sem fio – O controle remoto por rádio e até a fotografia que ele  chamou de “O Perianto”  que mais tarde levou o nome de Kirlian ( foto da aura, ou da alma.) Esta pesquisa em particular, teve que romper, por pressão direta da igreja católica. Era o ano de 1912, e Kirlian só apareceu em 1939. Também considerado um dos precursores  do cabo óptico.


Obs:  Retirado do site Minha rádio.
"Tendo residido trinta anos no Estado de São Paulo, dos quais 25 na capital, ouvi muitas vezes falar, ali, das experiências realizadas por aquele ilustre sacerdote (padre Landell), de transmissões de telegrafia e telefonia sem  fio, do alto da Avenida Paulista para o alto do bairro de Santana, numa distância aproximada de uns oito quilômetros em linha recta, factos esses ocorridos mais ou menos entre os anos de 1892 a 1894. O curioso desse testemunho de Jayme Leal Velloso (Jornal da Manhã de Porto Alegre, de 16 de julho de 1933), é que as datas mostram que Landell se antecipou à Marconi nas radiocomunicações, pois oficialmente consta que o cientista italiano realizou a sua primeira experiência em 1895, na vila de Pontecchio, quando, utilizando o oscilador de Hertz, a antena de Popov e o coesor de Branly, transmitiu sinais radiotelegráficos (em código Morse) entre dois pontos distanciados de uma centena de metros.
Infelizmente não há documentação sobre estas experiências, mas documentada está a experiencia levada a efeito em 03 de Junho de 1900, com a presença de autoridades, incluindo o Consul inglês em São Paulo P.C.P Lupton, com a presença da imprensa, onde foi feita a transmissão e recepção de sinais de voz, no ponto costumeiro que Landell utilizava para as suas experiências em São Paulo, entre a Avenida Paulista, (onde hoje estão as antenas de transmissão de TV) e os altos do bairro de Santana.


José Alberto Lopes®
21/01/2012

Um comentário:

  1. Esta publicação meu grande amigo...é uma verdadeira aula de conhecimento, de inspiração e de qualidade poética!!
    Lindo demais!
    Bea

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