sábado, 7 de setembro de 2019

BENDIGA!


Bendiga

Bendiga até o estrume do gado,
pois ele pode alimentar o teu alimento
de forma rica e natural.
Bendiga a luz do sol que te ofusca a visão,
pois ela promove o verde, o dia, os ventos,
o calor que seca a semente...

Bendiga a chuva e os rios que alagam,
pois, graciosamente fecundam de húmus
suas margens ao plantio!

Bendiga o inverno
pois no seu recolhimento é sábio.
Prepara-te as plantas, para as flores, para os frutos, os pássaros,
os campos enfim, para que tenhas a alma mais leve
e também colorida quando a primavera  chegar!

Bendiga o choro de uma criança que acabou de nascer,
pois ali está a oportunidade de um mundo melhor!
Bendiga teus companheiros de jornada,
aceitando-os incondicionalmente,
pois as farpas que acaso lhe atirem,
pode ser uma ventura para o teu aprendizado.
Mas também aceita as críticas
que te podem conduzir ao progresso.

Bendiga os pioneiros,
pois nas dificuldades de tempos remotos,
abriram com muito suor e sangue,
os caminhos que hoje te dão certo conforto.
Bendiga o soldado, que mesmo não o conhecendo,
defendeu com a própria vida teu país,
para que hoje possas gozar de liberdade!

Bendiga teus pais e suas noites mal dormidas...
Bendiga os infindáveis átomos
e o infinito criador que os reuniu
fazendo o universo, e a nós próprios.

Bendigo eu a casa da poesia, esta casa,
onde já somos centenas e de vários ocidentes e orientes,
quiçá de outras orbes também.
São freiras, lavadeiras, cozinheiras, bailarinas.. meninos, meninas,
são monges, enfermeiros, doutores, professores, são garis...
São poetas, pois são humanos.



José Alberto Lopes.®
2005








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