sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Quem me dera II














Foto Google



Quem me dera que eu fosse
Uma canoa de tronco.
Levando e trazendo peixes
Gente e coisas.....
Dormir  ao relento, como dormem
As canoas, sem nenhum drama
E envelhecer bem devagar...
Como envelhecem as canoas.

E quando um dia, sem mais serventia
Morrer aos poucos, emborcada
Na beira do rio
E ainda servir de brinquedo
Às crianças ribeirinhas.
Até ser esquecida de vez
E me reintegrar ao chão da mata
De onde um dia saí.


Poema de  José Alberto Lopes - jan 2017

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